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O grande Colisor de Hádrons - Parte 8



O LHC pode destruir o mundo?

O LHC permitirá que os cientistas observem colisões de partículas em um nível de energia muito mais alto do que em qualquer experiência prévia. Algumas pessoas se preocupam com a possibilidade de que essas poderosas reações causem sérios problemas à Terra. De fato, algumas estão tão preocupadas que abriram um processo contra o CERN em uma tentativa de adiar a ativação do LHC. Em março de 2008, Walter Wagner, que trabalhou no setor de segurança nuclear, e Luis Sancho foram os autores de um processo aberto no tribunal federal distrital dos Estados Unidos no Havaí. Eles alegavam que o LHC poderia destruir o mundo [fonte: MSNBC (em inglês)].

Qual é a base dessa preocupação? O LHC poderia criar algo capaz de destruir a vida tal como a conhecemos? O que exatamente poderia acontecer?

Um temor é o de que o LHC possa produzir buracos negros. Buracos negros são regiões nas quais a matéria se concentra em um ponto de densidade infinita. Cientistas do CERN admitem que o LHC seria capaz de produzir buracos negros, mas alegam que estes teriam escala subatômica e que entrariam em colapso quase imediato. Em contraste, os buracos negros estudados pelos astrônomos resultam do colapso de toda uma estrela. Existe uma grande diferença entre a massa de uma estrela e a de um próton.



Outra preocupação é que o LHC produza um material exótico (e até agora hipotético) conhecido como strangelets. O possível indício da presença de strangelets é especialmente perturbador. Os cosmologistas teorizam que os strangelets possam exercer um poderoso campo gravitacional que permitiria a destruição de toda vida do planeta.

Os cientistas do LHC descartam essa preocupação com múltiplas respostas.

* Eles apontam que strangelets são hipotéticos. Ninguém observou esse material no universo.

* Eles dizem que o campo eletromagnético em torno desse material repeliria a matéria normal e não a transformaria em mais nada.

* Eles dizem que mesmo que essa matéria exista, seria altamente instável e decairia de modo quase instantâneo.

* Os cientistas afirmam que raios cósmicos de alta energia produziriam material como esse naturalmente. Como a Terra continua existindo, eles acreditam que strangelets não sejam problema.
Outra partícula teórica que o LHC poderia gerar seria monopólo magnético. Baseado em uma teoria de P.A.M. Dirac, um monopólo é uma partícula que tem uma única carga magnética (norte ou sul) em vez de duas. A preocupação mencionada por Sancho e Wagner é a de que essas partículas possam dilacerar a matéria devido às suas cargas magnéticas desequilibradas. Cientistas do CERN (em inglês) discordam, alegando que, mesmo que os monopólos existam, não há motivo para temer que essas partículas possam causar tamanha destruição. De fato, pelo menos uma equipe de cientistas está tentando ativamente encontrar indícios de monopólos, na esperança de que o LHC produza alguns.

Outras preocupações quanto ao LHC incluem o medo de radiação e o fato de que produzirá as colisões de partículas de mais elevada energia já vistas na Terra. O CERN afirma que o LHC é extremamente seguro, com isolamento espesso que inclui 100 metros de terra sobre o túnel. Além disso, não pode haver pessoal presente no subsolo durante as experiências. Quanto a preocupações com as colisões, os cientistas apontam que elas acontecem o tempo todo na natureza, com os raios cósmicos de altas energias. Os raios colidem com o Sol, com a Lua e com outros planetas, que continuam existindo sem sinal de danos. Com o LHC, essas colisões acontecerão em ambiente controlado. De outra forma, não há diferença alguma.

O LHC conseguirá ampliar nosso conhecimento sobre o universo? Os dados recolhidos suscitarão mais perguntas que respostas? Se experiências passadas servem como indicação, é seguro assumir que as duas perguntas merecem a resposta "sim".
Fotos: De cima para baixo - Desenho mostrando um dos gráficos aguardados pela comunidade científica; Engenheiros do CERN baixam ao túnel um grande ímã para os dipolos
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