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Astrofísica do sistema solar - Parte 3
















PROJETO APOLLO - RUMO À LUA.

O Projeto Apollo (Projecto Apollo - Project Apollo - Projecto Apolo) foi um conjunto de missões espaciais coordenadas pela Nasa (agência espacial dos EUA) entre 1961 e 1972 com o objetivo de colocar o homem na Lua. O projeto culminou com o pouso da Apollo 11 no solo lunar em 20 de julho de 1969.

A missão incluiu onze voos tripulados (até a Apollo 7, todas as missões foram não tripuladas). Inclui-se aí o que ficou conhecido como "Apollo 1", em homenagem aos astronautas Virgil "Gus" Ivan Grissom, Edward Higgins White II e Roger Bruce Chaffee, que morreram no solo em um incêndio, dentro da cabine de comando.

O objetivo de explorar a Lua foi abandonado em dezembro de 1972, com o voo da Apollo 17. Os motivos para esta decisão foram tanto a falta de verbas, cortadas pelo congresso americano, quanto o desinteresse da opinião pública estadunidense com o projeto. Ainda que tenha havido três missões tripuladas Skylab que usaram a nave Apollo e uma missão Apollo 18 (Apollo-Soyuz), estas não tinham como objetivo chegar à Lua.

A nave Apollo foi abandonada em 1975 em detrimento do uso de um veículo reutilizável (o Ônibus Espacial; em Portugal: Vaivém Espacial), que voaria pela primeira vez em 1981.

Em 2005 a NASA anunciou a retomada das viagens à Lua utilizando naves semelhantes às naves Apollo em substituição aos ônibus espaciais.


O sonho de atingir a Lua representava uma ambição humana antiga, ficcionalizada por muitos autores (cf. "De la Terre à la Lune", de 1865, Júlio Verne, onde um canhão gigante é usado como mecanismo de propulsão), mas tornada possível no século XX, em resultado do avanço tecnológico e científico quer no domínio da aeronáutica, como no da computação automática.

Muita da tecnologia necessária para o projecto foi desenvolvida como resultado do esforço de guerra durante a Segunda Guerra Mundial (por exemplo, computadores digitais para cálculos de balística, ente outros), e pelo desenvolvimento de mísseis intercontinentais-- em parte herdeiros da tecnologia das primitivas V-2 nazis)-- no âmbito da Guerra Fria entre EUA e URSS.
Os projetos Mercury, Gemini e Apollo foram uma resposta dos EUA à URSS, por esta ter posto o satélite Sputnik em órbita e, logo em seguida, ter posto em órbita o primeiro humano, Yuri Gagarin. Em um famoso discurso de 25 de maio de 1961, John F. Kennedy lançou o desafio de, antes de a década terminar, "enviar homens à Lua e retorná-los a salvo".
Em um famoso discurso na Universidade Rice suas palavras foram: We choose to go to the moon. We choose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard ("Nós decidimos ir a Lua. Nós decidimos ir a Lua nesta década e fazer as outras coisas, não porque elas são fáceis, mas porque elas são difíceis").


Em julho de 1960, a Nasa anunciou que colocaria astronautas na órbita da Lua, já após o Projeto Mercury. No entanto, o discurso de Kennedy mudou o foco do programa espacial dos EUA para alcançar o objetivo de pousar uma nave tripulada na superfície da Lua antes que a década terminasse.

Ao contrário dos dois projetos anteriores concebidos para manobras na órbita terrestre (o Mercury, com uma nave concebida para um astronauta, e o Gemini, concebido para dois astronautas), o Apollo possuía uma nave com capacidade para três astronautas, tornando possível atingir órbita lunar, e fazer descer um Módulo (designado Módulo Lunar) na superfície da Lua e assegurar o regresso à Terra.


Os objetivos do projeto Apollo eram:

* Estabelecer a tecnologia para viabilizar os interesses dos EUA no espaço;
* Obter proeminência no espaço para os Estados Unidos;
* Desenvolver um programa de exploração científica da Lua;
* Desenvolver as capacidades do homem para trabalhar no ambiente lunar


Comparação das naves Apollo, Mercury e Gemini

Havia, na época da definição do projeto, três possibilidades de vôo para a Lua: uma baseada na idéia de um único e imenso foguete que iria decolar da Terra, pousar na Lua e retornar; outra baseada na idéia de rendez-vous (encontro em órbita) na órbita da Terra, em que o foguete encontraria um outro estágio em órbita da Terra; e, finalmente, o rendez-vous lunar, que significa que um pequeno módulo desceria ao solo da Lua e depois encontraria em órbita a nave de retorno. Esta última opção foi a escolhida pelos engenheiros da Nasa para o projeto Apollo.

Em cada missão Apollo, foram enviados três astronautas; dois desciam na Lua usando o Módulo Lunar (comandante e piloto do Módulo Lunar) e um permanecia em órbita no Módulo de Comando (piloto do Módulo de Comando).
Descrição da Missão Apollo

Algumas missões não pousaram na Lua. Este foi o caso, por exemplo, da Apollo 8, a primeira missão tripulada à Lua, que na noite de Natal de 1968 circundou-a, enviando fotos inéditas do solo lunar.



No total, foram feitas onze missões tripuladas no projeto Apollo, e seis delas pousaram na Lua, no total de doze astronautas que caminharam no solo lunar e lá fizeram experimentos científicos.

A única missão que tinha por objetivo pousar e não o fez foi a Apollo 13, devido a um acidente grave, provavelmente provocado por um curto-circuito seguido de uma explosão e um vazamento nos tanques de oxigênio, o que levou a um retorno tenso e espetacular à Terra, mas exitoso, com um mínimo de oxigênio remanescente.
Foguete lançador e nave espacial




O programa Apollo usou quatro tipos de foguetes lançadores:

* Little Joe II - vôos sub-orbitais não tripulados (testes de aborto);
* Saturno I - vôos sub-orbitais e orbitais não tripulados (desenvolvimento do equipamento);
* Saturno IB - vôos orbitais não tripulados e tripulados em órbita da Terra, em desenvolvimento e missões operacionais;
* Saturno V - vôos não tripulados e tripulados em órbita terrestre e em missões para a Lua.

Todas as missões tripuladas Apollo, exceções apenas as Apollo 7, Skylab e Apollo 18, que fizeram uso do Saturno IB, foram lançadas ao espaço com o uso dos gigantescos foguetes Saturno V, de três estágios, 110m de altura, e 2,7 milhões de kg, propelido pelos cinco poderosos motores F-1 do primeiro estágio, mais os motores J-2 dos estágios seguintes.
Módulo de Comando e Serviço da Nave Apollo

Os três estágios do foguete, chamados S-IC (primeiro estágio), S-II (segundo estágio) e S-IVB (terceiro estágio), usavam oxigênio líquido (lox) como oxidante. O primeiro estágio usava RP-1 como combustível, enquanto os segundo e terceiro estágios usavam hidrogênio líquido.

A nave era composta de três partes (além do foguete): Módulo de Comando; Módulo de Serviço; e Módulo Lunar.

O conjunto composto pelo Módulo de Comando e o Módulo de Serviço formava o Módulo de Comando e Serviço.
Módulo Lunar da Nave Apollo:



O Módulo de Comando é a cápsula, em formato cônico, que os astronautas ocupavam durante a maior parte da viagem, e era a única parte que reentrava na atmosfera terrestre, caindo de pára-quedas. O Módulo de Serviço continha os equipamentos de manutenção de vida (como os cilindros de oxigênio) e motores. O Módulo Lunar, como o nome indica, servia para a descida no solo lunar e para o regresso à órbita da Lua, para o encontro com os outros dois módulos que lá permaneciam em órbita.



As últimas missões Apollo na Lua contaram com um veículo (chamado rover lunar) para transporte dos astronautas na superfície da Lua, o que permitiu trabalhos de exploração científica em uma área maior.
Resultados do projeto

Neil A. Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, imortalizou o momento, resumindo muito do que foi o projeto Apollo, na famosa frase: "um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a humanidade".



Não há dúvida que a política internacional e a guerra fria tiveram uma grande importância na corrida pela conquista da Lua, e que os esforços de ambos os lados, EUA e URSS, tinham principalmente o objetivo de derrotar o lado adversário, "provando" a superioridade de um dos sistemas, capitalista ou comunista. No entanto, ao final, os resultados do projeto foram positivos para a exploração espacial, principalmente ao desvendar muito da origem de nosso sistema solar.


As 2 200 pedras trazidas pelas seis missões Apollo que pousaram na superfície da Lua (representando cerca de 400 kg de rochas) permitiram descobrir 75 novas variedades de minerais (a maioria de silicatos).

Desde a missão Apollo 17, em dezembro de 1972, nenhum homem pisou no solo lunar, e muitas das descobertas científicas que poderiam ter sido feitas ficaram adiadas para quando houvesse novamente interesse em desvendá-las.

É importante lembrar que ainda houve quatro vôos que usaram a nave Apollo: Skylab II, III e IV (três missões cujo objetivo era trabalhar na estação espacial estadunidense Skylab) e Apollo 18 (que acoplou com a nave soviética Soyuz 19 e, por isto ficou conhecida como missão Apollo-Soyuz).
Missões do Saturno I (não tripuladas)

* SA-1 - teste do foguete Saturno I
* SA-2 - teste do foguete Saturno I com carga de 109 m³ de água, para investigar efeitos da transmissão de rádio e mudanças nas condições climáticas
* SA-3 - idem SA-2
* SA-4 - teste dos efeitos de desligamento prematuro dos motores
* SA-5 - primeiro vôo do segundo estágio
* A-101 - teste da integridade estrutural dos Módulos de Comando e Serviço
* A-102 - último teste de vôo, levando um computador programável
* A-103 - levando o satélite Pegasus A
* A-104 - levando o satélite Pegasus B
* A-105 - levando o satélite Pegasus C

A-106 feeder
Missões de teste de aborto (não tripuladas)

* Teste 1 - teste de aborto na plataforma de lançamento
* Teste 2 - teste de aborto

Missões Little Joe II (não tripuladas)

* QTV - teste de qualificação do Little Joe II
* A-001 - teste de aborto transônico
* A-002 - máxima altitude, teste de aborto Max-Q
* A-003 - teste de aborto
* A-004 - teste com peso máximo

Vôos não tripulados Apollo-Saturno IB e Saturno V

* AS-201 - primeiro teste de vôo do foguete Saturno IB
* AS-203 - investigou falta de gravidade nos tanques de combustível da S-IVB
* AS-202 - teste de vôo sub-orbital dos Módulos de Comando e Serviço
* AS-204 ou Apollo 1 - incêndio dentro da cápsula no solo, em 27 de janeiro de 1967, provocando a morte dos astronautas Virgil "Gus" Ivan Grissom, Edward Higgins White II e Roger Bruce Chaffee
* Apollo 4 - primeiro teste do lançador Saturno V
* Apollo 5 - teste do foguete Saturno IB e Módulo Lunar
* Apollo 6 - teste do foguete Saturno V

Vôos tripulados do projeto Apollo (Saturno IB e Saturno V)

Consulte também: Lista de astronautas da Apollo

Módulo de Comando e Serviço da Apollo em órbita da Lua

* Apollo 7 (Walter Schirra, Donn Eisele e Walter Cunningham) - decolagem em 11 de outubro de 1968 - primeira missão Apollo tripulada, usou o foguete Saturno IB
* Apollo 8 (Frank Borman, James Lovell e William Anders) - dezembro de 1968 - orbitou a Lua na noite de Natal
* Apollo 9 (James McDivitt, David Scott e Russell Schweikart) - março de 1969 - testes do Módulo Lunar em órbita da Terra
* Apollo 10 (Tom Stafford, John Young e Eugene Cernan) - maio de 1969 - testes do Módulo Lunar em órbita da Lua
* Apollo 11 (Neil A. Armstrong, Michael Collins e Edwin E. "Buzz" Aldrin) - decolagem em 16 de julho de 1969, pouso na Lua em 20 de julho de 1969, retorno a Terra em 24 de julho de 1969 - primeiros homens a caminhar na Lua

Rover lunar

* Apollo 12 (Charles Conrad, Richard Gordon e Alan Bean) - novembro de 1969 - recolheu partes da sonda "Surveyor 3"
* Apollo 13 (James Lovell, Fred Haise e John Sweigert) - abril de 1970 - um acidente impediu o pouso na Lua
* Apollo 14 (Alan Shepard, Stuart Roosa e Edgar Mitchell) - fevereiro de 1971 - experimentos científicos



* Apollo 15 (David Scott, James Irwin e Alfred Worden) - julho de 1971 - uso do rover lunar
* Apollo 16 (John Young, Thomas Mattingly e Charles Duke, Jr.) - abril de 1972 - ficou 3 dias na superfície da Lua

* Apollo 17 (Eugene Cernan, Ronald Evans e Harrison Schmitt) - dezembro de 1972 - último vôo do projeto Apollo para a Lua

* Skylab II, III e IV - três missões que usaram a nave Apollo para trabalhar com a estação espacial Skylab (todas as três usaram o foguete Saturno IB)
* Apollo-Soyuz ou Apollo 18 (Tom Stafford, Vance Brand e Donald Slayton) - julho de 1975 - acoplou em órbita da Terra com a Soyuz 19 da URSS (foi usado o foguete Saturni IB)

Missões canceladas:

O programa original pré-lunar era bastante conservador no que toca às exigências impostas pelo planeamento, mas com a confirmação do sucesso dos testes do Saturno V procedeu-se ao cancelamento e adaptação de algumas missões, nomeadamente a da Apollo 8, que seria apenas uma missão de órbita terrestre, convertida em missão para a Lua alegadamente por George Low. Embora se defenda frequentemente que esta transição tenha ocorrido em resposta às tentativas de pilotar uma nave Zond em torno da Lua, não existem provas que fosse assim. Os oficiais da NASA estavam cientes do projeto e a agenda das missões Zond não coincide com o extenso relatório da NASA acerca da decisão sobre a Apolo 8. É, porém, practicamente consensual que estas alterações foram baseadas na agenda do Módulo Lunar, em oposição ao medo dos estadunidenses de perder a corrida à Lua.

Finalmente, devido ao desinteresse nas missões lunares e falta de verbas, foram canceladas as planejadas missões Apollo 18, Apollo 19 e Apollo 20.
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